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Perspectivas para 2021

 

Um esperança visível para nós é a redução drástica dos graves efeitos da pandemia, com vacinação e imunização que traga maior segurança para voltarmos a uma vida mais próxima do normal e enfrentarmos outros grandes desafios como o desemprego e a melhoria das condições de vida para a grande maioria da população. Mesmo pensando individualmente, nas conquistas que cada pessoa normalmente almeja, é claro que em um cenário de crise econômica e de grandes impasses políticos as possibilidades de vitórias de cada indivíduo ficam comprometidas de um modo ou de outro. E é bom destacar que ilhas de felicidade cercadas por muito sofrimento configuram um quadro que está bem distante de um cenário razoável, e não apenas na questão da segurança, de um mínimo de tranquilidade, mas sobretudo da construção de caminhos para a implantação da justiça social, verdadeira sustentabilidade. Vejo o ano de 2021 com bastantes desafios e dificuldades, principalmente porque nossas instituições e os seus dirigentes, salvo raras e bravas exceções, não dão o menor sinal de compromissos efetivos para superação da complicada situação em que vivemos. Sobressaem o descaso e os interesses imediatos de certos setores com maior poder e historicamente privilegiados, de uma forma acintosa, devemos ressaltar. Essa situação de impasse político, em que destacam - se mais as disputas e o ataques aos rivais ou críticos _ tratados como inimigos(potenciais ou forjados espertamente para fortalecimento político)_ , em detrimento de ideias e da construção de uma avaliação razoavelmente racional da realidade, contrasta com a necessidade urgente de encontrar caminhos coletivos verdadeiros para a solução dos graves problemas que afetam dramaticamente a maioria desassistida e desprezada, até no que diz respeito a sobrevivência dos mais vulneráveis. Vivemos tempos sombrios, de descrédito generalizado e desmobilização, um terreno muito fértil para o autoritarismo, em que, via de regra, predominam a incompetência, a desfaçatez, a covardia de quem só olha para os seus próprios interesses e se coloca ao lado dos mais fortes, da esperteza vil, da conivência, da brutalidade disfarçada de sinceridade e de austeridade(como vem ocorrendo cada vez mais no nosso país). E cujas perspectivas são a imposição do medo, a legitimação do arbítrio, o sufocamento das críticas, a apatia generalizada, o aprofundamento da concentração de poder e de renda e da naturalização de inúmeras formas de degradação humana. Essa realidade de crises, da pandemia, faz com que o bem estar e o sucesso de cada um dependam ainda mais da conscientização e das ações coletivas, das quais um ótimo exemplo é o reconhecimento e a defesa do SUS, para o seu aperfeiçoamento e fortalecimento. No caso da pandemia, um irresponsável pode comprometer decisivamente todo o cuidado de várias pessoas. O descaso, quando parte de uma autoridade, que ocupa(e desonra) um cargo de referência, é altamente contagioso e responsável por muitas mortes. Minha esperança é de que a dura lição de tantas mortes, tantos problemas, seja de fato aprendida, convertida no cuidado com a saúde, na busca maior pelo conhecimento, no olhar mais solidário para o outro, na mobilização mais crítica e estratégica, de modo que sejamos parceiros de verdade na construção de uma vida melhor para a grande maioria dos cidadãos, cujo propósito de vida esperamos que seja, muito além das conquistas pessoais, a construção de um mundo mais justo e mais fraterno. E o ano de 2021 pode sim ser um importante começo.


Por Beto News. Fonte Marcone Borges




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