RESTA UM: Jaques Wagner crava candidatura ao Senado em 2026 e nega crise com Angelo Coronel; saiba detalhes

Por: Gabriel Filliph
O senador Jaques Wagner (PT-BA) reafirmou, nesta quinta-feira (02), que não pretende abrir mão da candidatura à reeleição ao Senado em 2026. Em entrevista ao programa PNotícias, da rádio Piatã FM, o petista negou risco de ruptura com o PSD, mas admitiu que a base governista terá de resolver um “bom problema”: o interesse simultâneo de três nomes fortes em disputar apenas duas vagas. “Não acredito em ruptura. Sei que a oposição torce para que a gente rompa. Mas temos três bons candidatos para duas vagas: eu, Angelo Coronel e Rui Costa. É um bom problema para resolvermos em conjunto”, disse Wagner.
Disputa pela base governista
A eleição de 2026 abrirá duas vagas ao Senado pela Bahia. Até agora, três nomes da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) já se colocaram como pré-candidatos: Jaques Wagner (PT), Angelo Coronel (PSD) e Rui Costa (PT). Em 2022, apenas uma cadeira estava em jogo, vencida por Otto Alencar (PSD). Agora, com duas vagas, a disputa se torna mais complexa para a aliança PT-PSD, que comanda o estado.
Wagner lembrou que Rui Costa já desejava disputar o Senado em 2018, mas permaneceu no governo estadual para conduzir a transição. “Ele ficou até o final do mandato, o que foi importante para manter a unidade. Deu tudo certo: Otto se elegeu, Jerônimo se elegeu, e saímos vitoriosos de uma missão política desafiadora”, afirmou.
Apesar de defender o diálogo, Wagner deixou claro que não abre mão da candidatura. “Não vou abrir mão porque o próprio grupo quer que eu seja candidato. Ainda não temos o caminho exato, mas vamos conseguir entendimento. O PT, o PSD e outros partidos vão continuar juntos”, reforçou.
Coronel minimiza impasse
O senador Angelo Coronel (PSD), que também busca a reeleição, minimizou a movimentação dentro da base. Em entrevista ao Aratu On, afirmou que “qualquer partido tem o direito de escalar seu time” e garantiu que o PSD definirá sua estratégia no “momento certo”. Coronel já vinha se distanciando do grupo petista desde 2022, quando evitou subir no palanque de Jerônimo Rodrigues. Agora, com dois petistas competitivos no páreo, a pressão sobre o PSD cresce. O presidente estadual da sigla, senador Otto Alencar, terá papel central nas negociações.
Rui Costa formaliza candidatura
Ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa também confirmou que disputará o Senado. A formalização aumentou a tensão dentro da base, já que a possibilidade de uma chapa com Wagner e Rui deixaria o PSD em situação desconfortável. Pesquisas recentes apontam Rui como favorito em cenários de intenção de voto.
Por que a disputa é delicada
Atualmente, a bancada baiana no Senado é formada por Jaques Wagner e Angelo Coronel (eleitos em 2018, com mandatos até 2027) e Otto Alencar (reeleito em 2022, com mandato até 2031). Em 2026, duas cadeiras estarão em aberto. O PSD é o partido com maior número de prefeituras na Bahia e tem papel estratégico na base. Coronel busca manter o espaço da legenda em Brasília, enquanto Wagner e Rui contam com o peso do PT, principal força política do estado. Internamente, líderes avaliam que Coronel pode acabar enfraquecido na disputa, mas a definição da chapa governista deve ficar para 2026, após novas rodadas de diálogo.
Fonte Site Alô Juca
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