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Justiça do Rio renova prisão temporária de cirurgião acusado de cárcere privado; defesa diz que vai processar paciente


O cirurgião plástico equatoriano Bolívar Guerrero Silva, de 63 anos, após a prisão Reprodução
A Justiça do Rio atendeu ao pedido da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e estendeu por mais cinco dias a prisão temporária do cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva, 63 anos, acusado de manter a vendedora Daiana Chaves Cavalcanti, de 35 anos, em cárcere privado por mais de 50 dias, no Hospital Santa Branca. Bolívar é diretor de serviços de saúde da instituição. A prisão temporária de Bolívar iria expirar nesta sexta. A decisão é da juíza Priscilla Macuco Ferreira, da 3ª Vara Criminal de Caxias. Na renovação, a magistrada entendeu que a Deam de Caxias precisa de mais tempo para concluir o inquérito e que o médico tentou atrapalhar as investigações quando não entregou o prontuário da vítima. O novo advogado de Bolívar nega cárcere privado e alega que Daiana só estava na unidade para tratar dos procedimentos porque não cumpriu corretamente as orientações durante a recuperação.

Para o advogado Renato Darlan Camurati de Oliveira, “com a transferência da paciente para outra unidade de saúde, já não é mais necessário a manutenção da prisão” do médico. Ele lembra ainda que a vendedora poderá ser processada por calúnia e difamação, além de denunciação caluniosa.

— Assumimos a defesa do doutor Bolívar hoje (ontem) e nas idas e vindas ao Tribunal de Justiça, vi que na decisão da magistrada, em um dos fundamentos, ela diz que a direção do hospital estaria atrapalhando as investigações porque ainda não havia entregue o prontuário da suposta vítima. Entretanto, o documento já está na delegacia desde a última segunda-feira. São mais de 100 páginas que ainda não foram digitalizadas e colocadas no sistema da Justiça. E outra: com a transferência dela para outra unidade de saúde e o bloqueio de mais de R$ 197 mil (para o custeio do tratamento de Daiana), a manutenção da prisão não se faz mais necessária — afirma o advogado Renato Darlan.

A defesa do médico rechaça que Daiana tenha sido mantida em cárcere privado e diz que “vai tomar as devidas providências em relação a essa paciente, para que ela seja responsabilizada”. Quando indagado por que ela não havia sido liberada pelo médico, o advogado respondeu que “ela se recusou a assinar um termo de responsabilidade assumindo os riscos por não se cuidar”.

Conversei com o doutor Bolívar e com uma funcionária da clinica, e ambos me confirmam que ela não estava em cárcere privado. Isso não é verdade. De março até ontem, ela saiu duas vezes do hospital. Ela teve duas altas, no termo médico. Ela faz uma abdominoplastia em março e é liberada com uma lista de cuidados que deve tomar. Obviamente, ela não tomou esses cuidados. Existem provas de que ela dança até o chão de cinta médica após essa cirurgia tão invasiva. Os pontos abrem, e ela volta para o hospital. Ela faz um curativo a vácuo, recebe todos os cuidados e, posteriormente, ela tem alta médica. Novamente, ela desobedeceu as orientações e volta. Nessa, o doutor Bolívar fala que ela vai ficar na unidade até que as cirurgias feitas por ela sejam cicatrizadas — lembra o advogado, que completa:

Médico é preso
Bolívar Guerreiro foi preso na última segunda-feira (18) quando estava dentro do centro cirúrgico do Hospital Santa Branca. Segundo a Polícia Civil, ele mantinha Daiana, em cárcere privado depois que ela teve complicações depois de uma cirurgia de abdominoplastia e está em estado grave. De acordo com a vítima, ela vinha tentando ser transferida de hospital, mas o cirurgião dificultou a mudança, mesmo com duas liminares obtidas na Justiça do Rio.

Só depois de 50 dias, e após um acordo dentre o advogado de Daiana e a os advogados do hospital, a vendedora foi transferida na manhã desta quinta (22) para o Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio.

Preso temporariamente por lesão corporal grave, associação criminosa e cárcere privado de Daiana Cavalcanti, Bolívar possui diversas condenações a pagamentos de indenizações por danos morais decorrentes de erros médicos. Nas ações, mulheres relatam danos estéticos causados por procedimentos realizados na mesma unidade de saúde particular, como queimaduras, cicatrizes e até buracos na pele.

Após a divulgação do caso de Daiana, pelo menos 11 mulheres já compareceram à Deam de Duque para denunciá-lo. Em um dos casos, parentes da dona de casa Rafaela de Souza Ferreira, de 24 anos, denunciaram que a jovem fez uma plástica no Hospital Santa Branca, conduzida por Bolívar, e morreu dois meses depois. Eles suspeitam de erro médico. Entretanto, a causa da morte foi atestada por complicações em decorrência da Covid-19.

Pacientes denunciam erros em procedimentos
Mais mulheres que operaram com o cirurgião estiveram na Deam de Caxias para depor contra o médico nas últimas segunda, terça e quarta-feira. Elas afirmaram ter ficado em estado grave após procedimentos.
Além de Bolivar, a técnica em enfermagem Kelen Cristina Queroz Santos, que auxiliava o médico na unidade de saúde, foi conduzida coercitivamente para a delegacia. Ela é investigada em um inquérito que apura erro médico.
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Por betonews fonte: O globo
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