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Julho das Pretas valoriza mulheres negras das comunidades quilombolas de Alagoinhas e apresenta a Rede de Proteção à Mulher

Foto: Roberto Fonseca

As mulheres do território quilombola de Oiteiro participaram, na última terça-feira (19), de um bate-papo sobre empoderamento feminino, com apresentação da Rede de Proteção à Mulher e importantes reflexões sobre o papel preponderante de personalidades negras na história do Brasil. A programação faz parte do Julho das Pretas: Apagamento e Invisibilidade Nunca Mais, que, durante toda a semana, está transitando pelas comunidades quilombolas do município.

A iniciativa é da Secretaria de Assistência Social (SEMAS), em parceria com o Conselho de Mulheres e o Conselho do Desenvolvimento da Comunidade Negra e Afrodescendente de Alagoinhas, e visa ampliar o diálogo, desenvolver ações e reforçar a luta das mulheres negras.

Foto: Roberto Fonseca

Segundo a presidente da Associação, Maria de Lourdes de Jesus, que tem 77 anos de idade e sempre morou na comunidade quilombola,  as mulheres negras se destacam pela sua “fibra e garra. Somos mulheres batalhadoras. Se a gente não dá o nosso valor, ninguém vai dar. Temos que ter orgulho da nossa cor e da nossa comunidade”.
Sileia de Jesus dos Santos, mãe de duas filhas, um de 4 e outra de 7 anos, reiterou que “as mulheres não devem abaixar a cabeça para tudo que o homem fala. Estamos no século 21 e isso tem que acabar!”.

Foto: Roberto Fonseca

Figuras marcantes como Lélia Gonzagues, Dandara dos Palmares, Tereza de Benguela e Carolina de Jesus foram lembradas no encontro. “ Essas mulheres tiveram suas lutas invisibilizadas, por meio de um apagamento estratégico, então é preciso que façamos um resgate histórico”, disse a coordenadora de Políticas de Proteção à Mulher, Jamile Oliveira.

A Coordenadora da SEMAS informou que, em Alagoinhas, 80% das mulheres que sofrem violência doméstica são negras. “A maioria trabalha sem carteira assinada e é refém do companheiro”.

Foto: Roberto Fonseca

Para encorajar as possíveis vítimas de violência a procurarem ajuda, foi reforçado o papel do Centro de Referência à Mulher – CRAM no acompanhamento psicológico e jurídico necessário para a superação de relações abusivas, assim como a existência, na cidade, da Casa de Acolhimento Provisório para Mulheres em Situação de Violência e da Ouvidoria para Elas. O papel do Ministério Público, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) e da Patrulha Maria da Penha também foi esclarecido. “Além da Rede de Proteção, a SEMAS dispõe do Programa Qualifica Alagoinhas, com oficinas de geração de renda, para desenvolver a autonomia financeira e o empoderamento dessa mulher”.

Foto: Roberto Fonseca

O Coordenador de Políticas Raciais da SEMAS Leandro Santos lembrou que o Julho das Pretas acontece em Alagoinhas desde 2017 e destacou a campanha como fundamental para aumentar a força da mulher negra. “No entanto, essa luta deve acontecer todos os meses do ano”. Em uma verdadeira aula de História, Leandro trouxe detalhes das batalhas empreendidas por Tereza de Benguela, que ilustra a Mostra Tereza Vive, que acontecerá no dia 27 de julho, no Centro Integrado de Assistência Social (CIAS), às 8h30. Leandro também reiterou o significado da palavra Quilombo, enquanto agrupamento de pessoas e lugar de resgate de forças de um povo escravizado.

Foto: Roberto Fonseca

Representando a Procuradoria Especial da Mulher implantada na Câmara de Vereadores, Camila Pereira comentou que a Rede de Atendimento à Mulher, de Alagoinhas, é uma das mais completas do estado. Ela ainda comentou sobre a crescente representatividade de mulheres negras no jornalismo. “ O lugar da mulher negra é onde ela quiser”.

Nesta quarta-feira (20), Julho das Pretas: Apagamento e Invisibilidade Nunca Mais aconteceu nas comunidades quilombolas de Cangula e Buri.

Fotos: Roberto Fonseca:

Por betonews fonte: Secom


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