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A saga de uma mãe que procura a filha desaparecida há 22 anos

Filha de Mari Neide sumiu na sexta-feira do Carnaval de 1999 (Marina Silva/CORREIO)

Era o Carnaval de 1999 quando Mari Neide Santos, 58 anos, viu a filha pela última vez, mas ela não esqueceu a cena: cabelos amarrados por uma 'xuxa' rosa, Alice vestia saia e blusa coloridas, tinha uma gargantilha do personagem Piu-piu no pescoço e calçava uma sandália lilás. A menina saiu de casa para brincar e nunca voltou. 

“Meu nome é Marineide, sou mãe de Alice Ane dos Santos, filha única que desapareceu quando tinha 10 anos”, é a frase que Mari Neide usa ao se apresentar.


Na sala do apartamento dela e do marido, Eduardo, há fotos da filha por toda parte. Todos os dias, ao acordar, a artesã reza por Alice, a única menina entre os 11 desaparecidos no ano de 1999, segundo a Polinter.

As buscas de Mari Neide acontecem via internet e com a ajuda de Organizações Não Governamentais (ONG’s), como o Mães de Fé, que auxiliam familiares de pessoas desaparecidas.

A imagem de Alice consta no banco de dados de desaparecidos no país, mas não há nenhum indício do paradeiro dela. No Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos do Ministério Público da Bahia, há 138 pessoas atualmente sendo procuradas. No ano passado, de janeiro a dezembro, 1.409 baianos desapareceram. 

A busca pela filha perdida

Artesã, Mari Neide gosta de trabalhar em qualquer tipo de peça, mas, agora, está particularmente interessada no crochê. Para o Dia das Mães, preparou um catálogo especial para as clientes, como descansos de prato.

À noite, quando dorme, às vezes sonha com a filha. Os sonhos estão menos frequentes que no passado, quando a menina aparecia quase todas as noites para ela. Da forma que é possível, Mari Neide tenta, ao longo dos anos, seguir em frente. 

Às quartas-feiras, ela era uma das mães filmadas pelo quadro Desaparecidos, da TV Bahia. Ela surgia no vídeo com uma foto de Alice em mãos.
Imagem de Alice agarrada pela mãe no quadro Desaparecidos
(Foto: Marina Silva/CORREIO)

“Se souberem alguma notícia, liguem para a Polinter ou para a TV”, rogava Mari Neide. O telefone nunca tocou com a novidade esperada. 

Junto com outras mães, Mari Neide integra uma rede de apoio recíproco. As notícias de outras famílias nunca a desestimulam. Se positivas, são um incentivo para seguir na busca. Se negativas, não significa que o destino da filha será o mesmo.

Um dos delegados responsáveis pelas buscas certa vez disse para Mari Neide que “poucas vezes viu alguém procurar por um filho com tanta veemência”. Eduardo, pai de Alice, participa de todas as fases da procura ao lado da mulher.

Os dois se casaram quando Mari Neide tinha 25 anos. Um ano depois, nasceu Alice, uma criança planejada pelo casal e “feliz, que lidava facilmente com as pessoas e era disciplinada, apesar da idade”, conta a artesã.

Os três estavam sempre juntos e, no dia do desaparecimento da filha, passavam alguns dias na casa do pai de Mari Neide, que faria aniversário no sábado seguinte ao desaparecimento de Alice.

Por betonews fonte: Correios
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