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Músicos de Alagoinhas são contemplados com cestas básicas do Drive Thru Solidário.

Uma das classes mais afetadas economicamente pela pandemia da Covid-19 foi a dos músicos. Com a impossibilidade de realização de shows e a restrição do número de pessoas em eventos, a demanda por apresentações foi quase nula, causando uma crise sem precedentes no mundo do show business.

Em Alagoinhas não foi diferente, por isso, para dar apoio aos profissionais do entretenimento, a Prefeitura de Alagoinhas, por meio da Secretaria de Assistência Social (SEMAS), reservou uma parte das cestas básicas recebidas no Drive Thru Solidário, que aconteceu no último sábado (08), para os artistas. A distribuição dos kits com alimentos não perecíveis e itens de higiene aconteceu nesta terça-feira (11), na sede da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo (SECET).

O casal Nagela Ramos, cantora, e Neinho Santana, baterista, possuem, juntos, mais de 70 anos de carreira. Eles declararam ter passado muita dificuldade durante a pandemia, com shows cancelados. “A classe mais afetada é a dos músicos, onde se tem muitos pais e mães de família, com contas a pagar. Levamos a alegria, mas fomos esquecidos”, disse Nagela. Neinho, por sua vez, complementou,  “praticamente fomos impedidos de trabalhar. E olha que eu toca bateria desde os 12 anos de vida!”. Segundo eles, durante todo o período conseguiram ter ajuda do público em duas lives feitas no YouTube, com ajuda de custo da Lei Aldir Blanc.

Dilênio Brito, que tem 64 anos de idade, está no mundo da música há 35 anos. “Toco tudo o que a senhora pensar. Sou profissional mesmo!”. Ele disse que só conseguiu se manter, durante a pandemia, por causa do auxílio emergencial e que as cestas básicas chegam em boa hora. 

Com 13 cds gravados, 1 dvd e 1 disco de vinil, Chiquinho Forró Pesado fez 2 lives pela Lei Aldir Blanc e uma de forma independente. Ele recebeu apoio do público e de patrocinadores para conseguir se manter durante as vacas magras.  “Para mim, a pandemia foi a pior coisa que surgiu no mundo. Estamos todos no mesmo barco! Fomos os primeiros a sermos impedidos de trabalhar e não sabemos quando iremos voltar”. 

Chiquinho contou que se apresentava com bandas famosas, todos os anos, durante o São João. “Eu tinha dois meses de apresentação na Bahia quase toda, em palcos grandes. Nos outros meses, em casas de shows.

Para o presidente do Conselho Municipal de Cultura, Karlinhos Zambê, “toda ação em prol dessa classe, que vem sofrendo há mais de um ano, é importante. Recebemos 72 cestas para distribuir entre os músicos e, vale ressaltar, que toda ação que venha a beneficiar essa classe, que está marginalizada do processo por causa da pandemia, é bem-vinda”. 


“Espero que a prefeitura tenha mais ações como essa, para que a gente possa dar um suporte a essa classe que está sofrendo bastante, sem  previsão de quando irá voltar a trabalhar”, complementou Zambê. 


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