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Urgente: André Brandão renuncia à presidência do Banco do Brasil.

CEO tomou posse como presidente do BB em 22 de setembro de 2020, em substituição a Rubem Novaes.
Após muitas especulações, o Banco do Brasil (BBAS3) anunciou em comunicado ao mercado nesta quinta-feira (18) a saída do presidente da estatal, André Brandão. A saída terá efeito a partir de 1 de abril.

“O Banco do Brasil (BB) comunica que André Guilherme Brandão entregou, nesta data, a Jair Messias Bolsonaro, ao Ministro da Economia, Paulo Roberto Nunes Guedes, e ao Presidente do Conselho de Administração do Banco do Brasil, Hélio Lima Magalhães, pedido de renúncia ao cargo de presidente do BB, com efeitos a partir de 01 de abril de 2021”, destaca o comunicado do banco estatal.
André Brandão tomou posse como presidente do BB em 22 de setembro de 2020, em substituição a Rubem Novaes. A saída de Novaes, por sinal, causou turbulência no mercado em meio ao anúncio inesperado. Contudo, houve uma maior tranquilidade em meio às informações sobre o seu sucessor.

Brandão veio do HSBC, onde estava desde 2003; o CEO atuava como chefe global da instituição para as Américas. Desde que vendeu o banco de varejo para o Bradesco, em 2016, o HSBC atua no Brasil apenas como banco de investimento. Antes de chegar ao HSBC, ele permaneceu mais de dez anos no Citibank (outra instituição que, recentemente, saiu do segmento de varejo no País, ao ser adquirida pelo Itaú Unibanco).

Entre os planos de Brandão, estavam o de prosseguir com a digitalização e aumentar a eficiência do banco estatal. Contudo, as medidas para elevar a eficiência acabaram contribuindo para a saída do CEO, após um 2021 marcado por especulações sobre a demissão do executivo.

Brandão já enfrentava uma situação bastante delicada desde o início do ano, quando anunciou um plano de reestruturação do banco envolvendo fechamento de agências do banco e do plano de demissão voluntária que desagradou o presidente Jair Bolsonaro, que buscou forçar uma demissão do executivo, bem avaliado pelo mercado. Contudo, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, conseguiu convencer Bolsonaro a não tirá-lo do cargo.

Na ocasião, Campos Neto, que tem alta estima com o presidente, o alertou de que uma demissão seria avaliada como interferência política em uma empresa pública que tem ações na Bolsa.
Porém, no final de fevereiro, as especulações de que Brandão estaria de saída do banco estatal voltaram a ganhar força. Diversos veículos de mídia destacaram que Brandão teria colocado o cargo à disposição de Jair Bolsonaro, depois de observar o destino do presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Roberto Castello Branco, demitido pelo presidente em meio a discordâncias sobre os reajustes de combustíveis.

Na ocasião, ao comentar as especulações sobre a saída do executivo, o Credit Suisse destacou que Brandão é bem visto pelo mercado e estava avançando nas iniciativas de reestruturação. A avaliação é de que o foco deve ser em seu potencial sucessor, aumentando a incerteza sobre os rumos do banco, avaliaram os analistas.

Pedro Lang, head de renda variável da Valor Investimentos, aponta que o mercado já precificou “uma boa parte” da saída de Brandão semanas atrás, uma vez que já havia especulações sobre a saída do executivo.

“Mas ainda pode haver algum impacto sobre as ações. O mercado sempre precifica uma probabilidade de o evento acontecer, mas como nunca é 100% ainda temos price action [reflexo nas ações] para ver. Agora, é esperar que venha alguém técnico e que tenha liberdade para continuar com as mudanças na gestão que o banco precisa para se adequar à essa nova realidade de fintechs, juros baixos e empresas ágeis”, avalia Lang.

Por Betonews fonte,infor money.

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