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Em sentença, juíza diz que Robinho mostrou 'desprezo pela vítima'.

Robinho teve confirmada a sentença de nove anos de prisão.

Três meses após confirmar a condenação do jogador Robinho a nove anos de prisão pelo crime de violência sexual de grupo contra uma mulher albanesa, em 2013, a Corte de Apelação de Milão divulgou as motivações da sentença. Segundo os juízes italianos, a pena deveria ser mantida já que o atacante demonstrou 'desprezo' pela vítima.

"O fato é extremamente grave pela modalidade, número de pessoas envolvidas e o particular desprezo manifestado no confronto da vítima, que foi brutalmente humilhada e usada para o próprio prazer pessoal", escreveu a juíza italiana Francesca Vitale, que presidiu o julgamento em segunda instância, referindo-se ao atacante.

A sentença foi proferida no dia 10 de dezembro do ano passado, mas o texto foi divulgado nesta terça-feira (9), um dia antes de vencer o prazo legal para a publicação, que é de 90 dias.

No documento de 22 páginas, o tribunal analisou o caso e rebateu as defesas de Robinho e de seu amigo Ricardo Falco, que responde ao mesmo processo. A juíza enfatizou contradições nas versões apresentadas pelos brasileiros, mencionando a transcrição de conversas interceptadas pela polícia. 

Em uma das conversas, o atacante disse que não se lembrava da mulher, de origem libanesa. Em outra, afirma que não tocou nela. Já em uma terceira gravação, admite que fez sexo com a mulher.

"Dia 24 do mesmo mês, em conversa interceptada às 17h05, Jairo pergunta se Robinho também havia transado com a mulher. Ele responde: 'Não, eu tentei'. E Jairo rebate dizendo que havia visto quando ele colocava o pênis dentro da boca dela, ao que Robinho responde que 'isso não significa transar'", escreveu a juíza.

"Neste contexto, a atitude de Robinho passa por uma espécie de amnésia inicial até chegar a lembrança do que aconteceu", continuou.

A corte alegou tentativa de "enganar as investigações, oferecendo aos investigadores uma versão dos fatos falsa e previamente combinada". 


A partir de agora, as defesas de Robinho e de Falco têm 45 dias para recorrer à Corte de Cassação, a terceira instância da Justiça italiana. Ela representa a última chance de absolvição e, só após o processo tramitar nessa instância, um acusado pode ser considerado culpado por algum crime. 

Os advogados do jogador e de Falco já afirmaram que vão recorrer. A condenação em primeira instância dos dois é de novembro de 2017. Enquanto aguardam a decisão final, que pode levar mais três anos, os réus seguem em liberdade.

Robinho e Ricardo Falco são acusados e condenados em duas instâncias por abusar sexualmente de uma jovem de origem albanesa, de 23 anos na época, na boate Sio Café, em Milão, na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013, quando o atacante defendia o Milan.

Outros quatro brasileiros teriam participado do ato. Mas, como deixaram a Itália no decorrer das investigações, estão sendo processados em um procedimento à parte.
Por Betonews fonte, Correios, espoetes.

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