Breaking News

Fundador do movimento por moradia popular na Bahia, Antônio Aldebaran morre aos 63 anos.

O fundador da União Nacional por Moradia Popular (UNMP) na Bahia e um dos principais líderes do movimento no Brasil, Antônio Aldebaran morreu no sábado (13), em Salvador. Ele tinha 63 anos e foi vítima de complicações causadas pela diabetes.

Conhecido como Bitonho, ele atuava desde a década de 1970 pela autogestão das famílias na produção de moradia e controle social sobre as políticas urbanas. Ele também foi um dos nomes que encabeçaram as lutas na região dos Alagados e moradores das palafitas no Subúrbio Ferroviário, em Salvador.

Nascido em uma região quilombola em Santiago do Iguape, no recôncavo baiano, Bitonho mudou-se cedo para Salvador e foi o primeiro coordenador na Bahia da central da União de Moradia Popular, que teve início nas favelas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Uma das parceiras de Aldebaran nas lutas sociais, Marli Carrara descreveu o colega como alguém autêntico, que vivia o que pregava – ele sempre morou na região do Subúrbio Ferroviário, localidade base das lutas sociais.

“As pessoas podiam não concordar em tudo com o que ele falava. Mas era inegável que, quando ele falava, todos paravam para escutar. Ele falava com convicção sobre o que defendia e todo mundo ouvia com o maior respeito. Ele não falava sobre o movimento, ele vivia o movimento”, disse Marli.
Bitonho estava há algum tempo afastado do movimento por causa da saúde fragilizada. Há cerca de quatro anos ele necessitou amputar um dos pés por complicações da diabetes e optou em se preservar.

A UNMP publicou uma nota em um perfil nas redes sociais lamentando a perda do líder do movimento.

"A UNMP está em luto! Perdemos nosso companheiro Antonio Aldebaran, o Bitonho, fundador da União Bahia e que foi membro da coordenação nacional. Lutador popular de muitas décadas, desde a época do MDF, e de muita história"

Antônio Aldebaran não era casado, deixa um filho e um legado de luta pela igualdade de moradia na Bahia. Ele foi enterrado no domingo (14), no cemitério de Plataforma, subúrbio de Salvador.
Por Betonews fonte, G1 Bahia.

Nenhum comentário