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IBDAH é investigado por comprar sentença da desembargadora Lígia Ramos


O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Administração Hospitalar (IBDAH) é suspeito de ter comprado uma decisão judicial da desembargadora Lígia Ramos, que foi presa na Operação Faroeste sob acusação de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). 

A Operação Metástase investiga um esquema de desvio de recursos públicos do Hospital Regional de Juazeiro envolvendo o IBDAH e servidores da Secretaria Estadual de Saúde.

De acordo com o Bahia Notícias, os procuradores do MPF apontam que o processo do IBDAH está entre os quatro sob relatoria de Lígia que foram negociados pela organização. Delator na Faroeste, o advogado Júlio César Cavalcanti Ferreira relatou que a instituição comprou um mandado de segurança por R$ 150 mil.

A denúncia afirma que o valor seria recebido pelo advogado Rafael Júnior, em um mecanismo de lavagem de dinheiro idealizado pelo também advogado Rui Barata Lima Filho, filho de Lígia e considerado operador financeiro da mãe no esquema.

Ainda conforme a publicação, a propina deveria ser paga de forma parcelada, usando como intermediário o advogado Ailton Assis. De acordo com o MPF, ele emitiu nota fiscal ao receber os valores e os transferiu para Rui Barata. Caberia, então, a Júlio César fazer o recolhimento e receber seu percentual, fixado em R$ 15 mil. Esse esquema impediria, na visão dos investigadores, qualquer possibilidade de rastreio da origem ilícita do dinheiro. Um extrato bancário anexado à denúncia comprova o repasse de Ailton para conta do delator.

Como forma de demonstrar o funcionamento da suposta organização criminosa, o MPF descobriu que, entre 1º de julho  e 27 de julho de 2018, mês em que o processou passou para relatoria de Lígia, “os terminais de RUI BARATA se comunicaram com os terminais de DIEGO RIBEIRO (10) e ARTHUR BARATA (1), não se podendo perder de vista que o advogado corruptor RAFAEL JÚNIOR manteve contato com diversos investigados pela Operação Faroeste, quais sejam: ELIAM CHAVES (1 registro em 18/7/2018), KARLA JANAYNA (4 registros em 2/8 e 8/8/2018) e MARIA DA GRAÇA OSÓRIO [desembargadora] (1 registro em 10/9/2018).” O IBDAH ainda não se posicionou sobre a acusação do MPF.

Por Beto News. Fonte Informe Baiano


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