STJ manda prender desembargadoras da Bahia em operação contra venda de sentenças
Duas desembargadoras do
Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) foram alvo de mandados de prisão
temporária da operação Faroeste, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta
segunda-feira (14), contra um suposto
esquema criminoso de venda de decisões judiciais.
De acordo com informações apuradas pela TV Bahia, um dos alvos
da operação, que está nas 6ª e 7ª fases nesta segunda-feira, é o secretário de
Segurança Pública do estado, Maurício Barbosa.
De acordo com a polícia, o Superior Tribunal de Justiça (STJ)
determinou o afastamento do cargo e da função de todos os servidores públicos
envolvidos nas da Operação Faroeste. No entanto, a Secretaria de Segurança
Pública e o governo do estado ainda não se posicionaram sobre o caso e não há
detalhes do afastamento do secretário.
A investigação aponta a existência de um esquema de venda de
decisões judiciais por juízes e desembargadores da Bahia, com a participação de
membros de outros poderes, que operavam a blindagem institucional da fraude.
Há suspeitas de que a
área objeto de grilagem supere os 360 mil hectares e de que o grupo envolvido
na dinâmica ilícita tenha movimentado cifras bilionárias.
Os
mandados de prisão temporária foram expedidos pelo ministro do STJ, ministro Og
Fernandes, após pedido da subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo. Os
nomes das desembargadoras não foram divulgados até a última atualização desta
reportagem.
O Tribunal
de Justiça da Bahia não falou sobre os juízes alvos da ação, nem quais medidas
serão adotadas com eles. Por meio de nota, o órgão informou que reitera e
ratifica o total apoio às instituições competentes para o processo de
investigação conduzido pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal.
Também
foram cumpridos 35 mandados
de busca e apreensão em Salvador, em outras três cidades baianas — Barreiras,
Catu, Uibaí — e um em Brasília (DF), de acordo com
Por Beto News. Fonte G1 Bahia
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