Bolsonaro revela estudos do governo para retorno do voto impresso no Brasil
O presidente da República, Jair Bolsonaro
(Sem Partido), informou que apresentará no ano que vem ao Congresso Nacional
proposta para a volta do voto impresso em 2022. A afirmação foi dada durante
live realizada na última quinta-feira, 5, em uma live em rede social.
Bolsonaro reforça que com o
voto impresso, o Brasil terá o “um sistema eleitoral confiável em 2022”.
“Nós temos, sim, já está
bastante avançado, o estudo (para propor o voto impresso). A gente espera, no
ano que vem, entrar, mergulhar na Câmara e no Senado, para que a gente possa,
realmente, ter um sistema eleitoral confiável em 2022.”
A frase de Bolsonaro se insere no contexto de judicialização das eleições para
Presidente dos EUA, realizada pelo candidato Republicano Donald Trump. O atual
presidente que tenta reeleição está atrás de Joe Biden na contagem de votos
populares e de delegados (necessários para a vitória). Em discurso nesta 5ª
feira, Trump chamou os democratas de corruptos e reforçou que o partido quer
tentar “roubar” a eleição, já que venceria nos “votos legais”.
O presidente revelou que o
governo estuda sistemas de votos usados em outros países.
“o voto impresso é a maneira
que você tem de auditar, contar votos de verdade”. Nós devemos, sim, ver o que
acontece em outros países, e buscar um sistema que seja confiável por ocasião
das eleições”, ressaltou Bolsonaro.
O chefe do executivo federal é
defensor da Proposta de Emenda à Constituição 135 de 2019, chamada de “PEC do
voto impresso”, que torna obrigatória a expedição de cédulas físicas nas
eleições. O projeto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da
Câmara, mas aguarda a análise de uma comissão especial a ser criada.
Supremo
A adoção do voto impresso foi
barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro de 2020. O Supremo
entendeu que a medida viola o sigilo e a liberdade do voto. O voto impresso era
uma das mudanças estabelecidas pela minirreforma eleitoral em 2015. Foi vetada
pela então presidente Dilma Rousseff (PT). No entanto, em novembro daquele ano,
o Congresso derrubou o veto. A proposta foi feita pelo atual que era deputado à
época.
Por Beto News. Fonte BN
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